sexta-feira, 20 de maio de 2011

Errro

Era uma vez uma era em que todos erravam, tentando acertar. Era uma vez Osmar, um erro conjugal, genético e gramatical. Era uma vez a gente, erro de Deus, do acaso ou da Seleção Natural. E era uma vez o erro, anacrônico ou atemporal?

Em meio aos mar de suposições, Osmar errava sempre, sem erro. Sem medo de errar. Indagava possibilidades, era cauteloso, muito mais que prudente e, no entanto, errava como ninguém. Como todos, aliás.

O erro era presente, troca e devolução. Era também ausência, passado, futuro e desilusão. O erro era parte fundamental da substância e parte substancial dos fundamentos.

O Mundo era errado. Ainda é. Já dizia um poeta do desconcerto do mundo. E dizia o outro do peso sobre as costas. Seria o peso de... um erro?

Agora, eis que esse narrador se despede. Afinal, o leitor há de concordar que esse texto foi um erro. De cálculo, de propósito, de consignação. E antes que apareça um erro do Windows, thcau.

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