De repente, em meio ao formigueiro fervilhante de gente, entre os milhões de solitários, surge um sentimento insuspeito de plenitude. A satisfação invade os mais barrocos de espírito. O riso preenche o varal das ilusões. O mistério ornamenta os olhos dos pedestres afoitos.
O Sol é provisoriamente deposto. As nuvens assumem, revolucionariamente, os cargos mais importantes, preparando o próximo governo. Astro-rei para a guilhotina. O fim da monarquia. O início da nova República. E canudos de gente contestando.
Supõe-se muito nas ruas. Alguns correm, em meio às suposições. Outros deixam seus cabelos se levarem pelo confortável vento dos primeiros tempos. Últimos, para alguns. E a dor que o poeta deveras sente, finge não senti-la. Grandes omissões humanas...
Ao horizonte que se deixa ver, sem o artifício dos capões de concreto e das neblinas tóxicas, o azul radiante – quando existe – deixa-se esvair, e dá lugar a um tom oscilante entre o branco e o cinza. Sacolas plásticas voam como aves de rapina pela paisagem multidimensional.
Longe, uma forma sinuosa e contínua ramifica-se em várias direções, como uma das árvores secas do grande sertão. No mesmo instante, um relampejo azul colore as sensações. E basta alguns segundos para a música encerrar a ópera, a lindíssima ópera que a vida é. Os aplausos batendo na rua, bem espaçados, hão de completar a arte em breve.
Espera, que a chuva já vem.
O Sol é provisoriamente deposto. As nuvens assumem, revolucionariamente, os cargos mais importantes, preparando o próximo governo. Astro-rei para a guilhotina. O fim da monarquia. O início da nova República. E canudos de gente contestando.
Supõe-se muito nas ruas. Alguns correm, em meio às suposições. Outros deixam seus cabelos se levarem pelo confortável vento dos primeiros tempos. Últimos, para alguns. E a dor que o poeta deveras sente, finge não senti-la. Grandes omissões humanas...
Ao horizonte que se deixa ver, sem o artifício dos capões de concreto e das neblinas tóxicas, o azul radiante – quando existe – deixa-se esvair, e dá lugar a um tom oscilante entre o branco e o cinza. Sacolas plásticas voam como aves de rapina pela paisagem multidimensional.
Longe, uma forma sinuosa e contínua ramifica-se em várias direções, como uma das árvores secas do grande sertão. No mesmo instante, um relampejo azul colore as sensações. E basta alguns segundos para a música encerrar a ópera, a lindíssima ópera que a vida é. Os aplausos batendo na rua, bem espaçados, hão de completar a arte em breve.
Espera, que a chuva já vem.
16 comentários:
Obrigado pelo comentário, e quanto aos erros gramaticais, irei prestar mais atenção e fazer de tudo para melhorar, obrigadão.
Blog perfeito. Cores,palavras e sentimentos. Adorei muito,passarei sempre aqui! Parabéns!
Me visita lá: http://minhasmisturas.blogspot.com/
Beijo.
Posso linkar vc?
:-)
A vida é mesmo uma grande ópera. Só espero que a minha esteja mais pra "Os Mestres Cantores de Nuremberg" do que pra "Tristão e Isolda"... Rsrsrs!!!
Em relação ao seu comentário, folgo em saber que ainda existem lugares onde crianças possam realmente ser crianças... Fico feliz por você!
Ah, já ia esquecendo... Você não é "um pouco" mais jovem do que eu, Vinícius... Eu tenho o dobro da sua idade! Você brincava de Digimon... Eu de Jaspion!
Rsrsrs!
Abraço!
É difícil de encontrar textos como esse na blogosfera!
Seu texto é bem construido
Parabéns!
Nossa q texto lindo e bem feito, com uma bela gramática, =D adorei
Passa lá, se quiser:
http://maeachuquefuiabduzido.blogspot.com/
Abraços
Oi vinicius,parabéns,bela escrita,muito bom o texto...Vou passar aqui mais vezes...
Bjus...Daya
Oi! Eu, como você, retribuo visitas. E, verdade seja dita, que bom que eu retribuo visitas! Amei seu blog!
Eu li os últimos textos apenas, mas eu lerei todos os próximos. Seu estilo é lindo, e, pelo que eu notei, foi ficando cada vez mais rebuscado. pelo menos nos textos que eu li.
Isso me lembra: 'A vida é uma ópera', aparece em 'Dom Casmurro'. Você já leu, não leu?
E, como é melhor pecar por excesso, continuo falando: Li a sua história na blogosfera. É bem parecida com a minha. Já tive vários blogs, e esse ano - depois da minha maior pausa longe dos blogs, voltei.
Pode me visitar quando quiser. Eu sei que eu te visitarei sempre.
Beijos da
Lu Paes
♥
(trintalivros.blogspot.com)
SIM, ela sempre vem rsr..
pefeita >> "O riso preenche oo varal das ilusões"
virou frase de msn já , adorei meo! shuashaus..
só passando blz!! ^^
abração e bom tudo aii..^^
t+++++
"Grandes Omissões humanas..."
Esse é o grande erro da humanidade
http://messnatural.blogspot.com/
Atualizado
"O meu único personagem inesquecível foi a chuva." Pablo Neruda
A cena não seria tão magnífica se não fosse sustentada pela narrativa profunda e muito bem elaborada.
Gosto muito de por a chuva nos meus textos, mas nunca a fiz personagem principal assim como você vez, muito bem por sinal.
Gostei mesmo Vinícius.
Oi, Vinícius!
É, a nossa vida na blogosfera é bem parecida, e nós também chegamos à mesma conclusão: Não dá para ficar sem escrever.
Acho que escrever é um vício, quanto mais se escreve, mais se quer escrever. Assim como ler. É díficil parar. Talvez até impossivel...
E eu estou contando, nos meus trinta livros, os livros de vestibular. Já li alguns, ainda falta ler vários...hehe
Mas acho ruim isso de obrigar os estudantes a ler; É por causa disso que muita gente (a maior parte das pessoas, creio eu) não gosta de ler. Mas isso é só a minha opinião..^^
Ah, fiquei feliz de ver que voc~e virou meu seguidor. Obrigada, isso significa muito para mim.
Beijos da
Lu Paes
♥
amigo, vc põe mto sentimento e verdade no que escreve!
parabéns, deves escrever um livro, já pensou?
sou teu fã!
tem selo pra vc no meu blog
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